Aquele que pensa, filosofa.

sábado, 30 de abril de 2011

Vídeo da Semana - Maria Flor - Camila Carrossine

Uma pequena história laranja e azul.

Curta-metragem de animação 3d, selecionado para vários festivais. Seleção oficial do Anima Mundi 2008.

Escrito, dirigido e animado por Camila Carrossine

Produtor executivo: Alê Camargo

Trilha Sonora: Charles Tôrres


Filosofias do Ego - O casamento dos sonhos

 


Sexta-feira, dia 29 de Abril de 2011, o Príncipe William, da família real inglesa, e a plebéia Kate Middleton trocaram alianças em Londres em cerimônia de US$ 40 milhões, diante de audiência estimada em 2 bilhões de telespectadores.

O "sim" da então plebéia Kate Middleton ao príncipe William foi dito precisamente às 7h16, antes  do início dos juramentos e da troca de alianças. O matrimônio, nos moldes da Igreja Anglicana, religião oficial da monarquia britânica, foi celebrado pelo arcebispo de Canterbury, Rowan Williams.

A cerimônia de cerca de uma hora começou pouco após as 7h, com a passagem de ambos os noivos - cada um a seu lado - pelos longos tapetes vermelhos da igreja. Eles se encontraram no altar às 7h08, trocando olhares, sorrisos e comentários em voz baixa. De acordo com um especialista em leitura labial ouvido pelo diário britânico "The Guardian", as primeiras palavras de William à noiva teriam sido: "Você está linda".

Kate Middleton chegou à abadia usando um vestido longo e branco, de mangas rendadas, deixando entrever os ombros. O trabalho foi feito pela Escola Real de Costura, em Hampton Court. Sob o véu de 2,7 m, Kate usava uma tiara de diamantes e dois delicados brincos de brilhantes.

A peça foi desenhada por Sarah Burton, diretora de criação da grife fundada por Alexander McQueen, ícone da moda britânica morto no ano passado. Já William vestia uniforme militar e a esperava ao lado do irmão, o príncipe Harry, padrinho do casamento.

Por volta das 8h10, William e Kate deixaram a Abadia de Westminster em uma carruagem aberta até o Palácio de Buckingham, a residência real, onde serão oferecidos uma cerimônia de recepção e um almoço para cerca de 600 convidados.

William e Kate foram seguidos em cortejo por outras carruagens que transportavam a rainha, Charles e outros membros da monarquia britânica.

O trajeto foi acompanhado por dezenas de milhares de pessoas nas ruas e, apesar das previsões de chuva, ocorreu sob um tímido sol da manhã londrino.

Por volta das 9h30, os recém-casados apareceram na varanda do Palácio de Buckingham para saudar a multidão. Eles permaneceram por cerca de cinco minutos e trocaram dois beijos.

Após o almoço no palácio, William pegou emprestado do pai o carro Aston Martin conversível, modelo DB6 Mark II, e levou a esposa até a residência de Charles, em Clarence House, onde mais tarde haverá o jantar de casamento.


William, duque de Cambridge

Na manhã desta sexta-feira, poucas horas antes de se casar, William recebeu de sua avó, a rainha Elizabeth II, o título de duque de Cambridge. O título de duque é o mais alto da hierarquia da nobreza britânica, somente abaixo de reis e príncipes.


William também recebeu outros dois títulos menores, o de conde de Strathearn e de barão de Carrickfergus.


Segundo a tradição do trono britânico, os homens da realeza recebem um título de nobreza na manhã de seu casamento. Cabe ao monarca da ocasião escolher o título.

O pai de William, o príncipe Charles, primeiro na linha de sucessão ao trono britânico, foi nomeado pela mãe príncipe de Gales no dia de seu casamento com Diana, que se tornou a princesa de Gales, em 1981. William é o segundo na linha de sucessão à Coroa.

Nascido em 21 de junho de 1982, William é o filho mais velho de Charles e Diana e o terceiro neto mais velho da rainha Elizabeth II e do príncipe Philip. 

Catherine, duquesa de Cambridge

Mais velha de três irmãos, Catherine Middleton nasceu em 9 de janeiro de 1982 numa família de classe média que vivia em Berkshire, zona oeste de Londres.  Seu pai, Michael, trabalhava como piloto de aviões, e a mãe, Carole, era comissária de bordo, mas depois montou uma empresa que vendia acessórios para festas pelo correio.

Kate conheceu o príncipe William na Universidade Saint Andrews, na Escócia, em 2001, onde estudou história da arte. O casal vivia junto com outros amigos numa república estudantil. Em abril de 2004, ela já ia com William, Harry e Charles à viagem anual de esqui na Suíça, causando alvoroço entre os fotógrafos.

O casal chegou a romper em 2007, quando William foi transferido para outros lugares da Grã-Bretanha como parte do seu treinamento militar, segundo a imprensa.

O noivado de Kate e William foi anunciado ao mundo em novembro de 2010.
Em 24 de fevereiro, o príncipe e a então namorada participaram de seu primeiro evento oficial juntos, num prenúncio da vida de assédio que os espera.

Depois de casados, eles pretendem morar em uma casa de campo alugada na ilha de Anglesey, no norte do País de Gales. O príncipe já reside no local, onde deve servir até 2013 como piloto de busca e resgate da Força Aérea Real britânica (RAF, sigla em inglês).
O destino da lua-de-mel do casal vem sendo mantido em segredo até agora. Em sua primeira viagem oficial como marido e mulher, eles visitarão o Canadá entre 30 de junho e 8 de julho, onde deverão participar das festividades do dia nacional canadense, em 1º de julho.


William e Kate viajam, mas adiam lua-de-mel

Apesar de terem embarcado em um helicóptero neste sábado, ainda não será desta vez que o príncipe William e Kate Middleton iniciarão sua viagem de lua-de-mel.

Os recém-casados e agora duques de Cambridge vão passar o fim de semana no Reino Unido, informou um porta-voz da residência real de St James's Palace. Na próxima semana, William retomará normalmente seu trabalho como piloto de helicópteros de salvamento e resgate da força aérea britânica na base da ilha de Anglesey.

O porta-voz real não revelou o local escolhido pelo príncipe e sua esposa para passar o fim de semana, nem quando acontecerá a viagem de lua-de-mel, cujo destino é guardado a sete chaves.

A imprensa britânica especula que a paixão de William pela África - foi no Quênia que pediu Kate em casamento -, pode pesar para que eles sigam para este continente, embora tenham sido ventiladas as possibilidades de o casal ir para a Jordânia, onde a agora duquesa viveu durante dois anos quando era criança - ou alguma ilha de difícil acesso no Caribe.

Outra aposta aponta como destino a ilha Lizard, na costa do estado australiano de Queensland, embora esta opção pareça mais difícil pela distância e o fato de William ter apenas 15 dias livres antes de retornar a seu posto. Há ainda as hipóteses de que os recém-casados sigam para o Chile, onde ambos passaram temporada quando eram estudantes, ou mesmo a Escócia, em uma das propriedades da rainha Elizabeth II. EFE

Convidados e curiosos

 Além dos irmãos William e Harry, que já estavam no local, Príncipe Charles e sua mulher, Camilla Parker Bowles, foram os primeiros da família real a chegar para a celebração, por volta das 6h45. A rainha Elizabeth II veio logo em seguida vestindo roupa e chapéu amarelos.

A mãe da noiva, Carole Middleton, foi à cerimônia usando um modelo criado pela estilista francesa Catherine Walker. Ela é conhecida por ter desenhado mais de mil peças do guarda-roupas da princesa Diana, incluindo o vestido preto com o qual ela foi enterrada em agosto de 1997.

Vestido com terno Ralph Lauren e um chapéu, David Beckam foi um dos primeiros entre os 1.900 convidados oficiais a chegar ao templo. Sua esposa Victoria, grávida do quarto filho, usava um vestido azul escuro, criação dela própria, uma das cores mais populares para o casamento real.

 Entre os convidados também estavam o conde Spencer, irmão de Lady Di, o cantor Elton John - que foi com o companheiro, David Furnish - e o nadador Ian Thorpe.


Veja alguns dos convidados do casamento real:

 Celebridades:

- David e Victoria Beckham;

- Elton John com seu companheiro, David Furnish;

- Rowan Atkinson ('Mr. Bean);

- Guy Ritchie;

- Joss Stone;

- Ian Thorpe;

- Mario Testino (fotógrafo).



Representantes de famílias reais:

- Príncipe Philippe e princesa Mathilde, da Bélgica;

- Rainha Margrethe, da Dinamarca;

- Rei Herald e rainha Sonja, da Noruega;

- Príncipe Alexander e princesa Katherine, da Sérvia;

- Rainha Sofia, da Espanha;

- Princesa Victoria e príncipe Daniel, da Suécia;

- Príncipe Willem-Alexander e princesa Maxima, da Holanda;

- Príncipe Albert, de Mônaco, e Charlene Wittstock, sua noiva;

- Príncipe Salman bin Hamad Al-Khalifa, do Bahrein;

- Príncipe Phillip, de Hohenlohe-Langenburg, e princesa Saskia.



Políticos e diplomatas:


- Premiê britânico, David Cameron;

- Vice-premiê britânico, Nick Clegg;

- Líder do Partido Trabalhista britânico, Ed Miliband;

- Embaixador americano, Louis Susman;

- Embaixador alemão, Georg Boomgaarden;

- Embaixador de Israel, Ron Prosor.



Religiosos:


- Rabino-chefe britânico, Jonathan Sacks;

- Venerável Bogoda Seelawimala, diretor do monastério budista Vihara de Londres.



Veja as fotos do casamento:































































Psicopatia: Uma Filosofia do Ego


Em homenagem à minha irmã,  resolvi publicar sobre um tema que está intimamente ligado ao nome deste blog: a psicopatia. Ou seja: quando essas mentes incrivelmente inteligentes e doentias anseiam atos inescrupulosos e sucumbem a vontade do Ego.

Freud dividiu o inconsciente em id, ego e superego. A relação entre estas três partes é influenciada por fatores ou energias inatas que ele chamou de pulsões. Descreveu duas pulsões antagônicas, a da preservação da vida e a da morte, chamada também da luta entre Eros e Tanatos. Elas não atuam isoladamente, mas sempre em conjunto. O equilíbrio entre elas é o responsável pela nossa sanidade mental. O desequilíbrio leva a um estado patológico. O id é o reservatório das pulsões e responsável pelas demandas mais primitivas e perversas. O superego é a parte moral e representa os valores da sociedade, ele contra-age ao id. O ego está entre os outros dois, é onde nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais se alternam. O nosso equilíbrio ou sanidade mental é dado pela habilidade em se adaptar à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego. Os psicopatas têm um id exacerbado e um superego muito reduzido, ficando isentos do remorso e sobressaindo a falta de consciência moral. Em outras palavras, como o superego é o local dos valores da sociedade, se estes se encontram reduzidos teremos um superego fraco e uma sociedade gravemente enferma.

Trata-se de um terreno difícil e cauteloso, este que engloba as pessoas que não se enquadram nas doenças mentais já bem delineadas e com características bastante específicas, a despeito de se situarem à margem da normalidade psico-emocional ou, no mínimo, comportamental. As implicações forenses desses casos reivindicam da psiquiatria estudos exaustivos, notadamente sobre o grupo de entidades entendidas como Transtornos da Personalidade.

O enorme interesse que o psicopata tem despertado atualmente se deve, em parte, ao desenvolvimento das pesquisas sobre as bases neurobiológicas do funcionamento do cérebro em geral e, particularmente, da personalidade. Em outra parte, deve-se também ao enorme potencial de destrutividade de alguns psicopatas, quando ou se tiverem acesso aos instrumentos que a tecnologia e a ciência disponibilizam.

Estudar o potencial da destrutividade humana é bastante interessante e poderá esclarecer certos pontos em comum entre grandes manifestações de destrutividade, como são as guerras, os genocídios, torturas, o terrorismo e, talvez, manifestações incomuns da personalidade humana, baseadas na psicopatologia, na psicologia e nas neurociências.

Psicopatas são pessoas cujo tipo de conduta chama fortemente a atenção e que não se podem qualificar de loucos nem de débeis; elas estão num campo intermediário. São indivíduos que se separam do grosso da população em termos de comportamento, conduta moral e ética. Vejamos a opinião dos vários autores sobre a Personalidade Psicopática ao longo da história.

Schneider

Em 1923, Schneider elabora uma conceituação e classificação do que é, para ele, a Personalidade Psicopática. Schneider (1980) descarta no conjunto classificatório da personalidade atributos tais como, a inteligência, os instintos e sentimentos corporais e valoriza como elementos distintivos o conjunto dos sentimentos e valores, das tendências e vontades.

Para Kurt Schneider as Personalidades Psicopáticas formam um subtipo daquilo que classificava como Personalidades Anormais, de acordo com o critério estatístico e da particularidade de sofrerem por sua anormalidade e/ou fazerem outros sofrer.

Entretanto, a classificação de Personalidade Psicopática não pode ser reconhecida ou aceita pelo próprio paciente e, às vezes, nem mesmo por algum grupo social pois, a característica de fazer sofrer os outros ou a sociedade é demasiadamente relativo e subjetivo: um revolucionário, por exemplo, é um psicopata para alguns e um herói para outros.

Em conseqüência dessa relatividade de diagnóstico (devido à relatividade dos valores), não é lícito ou válido realizar um diagnóstico do mesmo modo que fazemos com as outras doenças. Resumindo, pode-se destacar neles certas características e propriedades que os caracterizam de maneira nada comparável aos sintomas de outras doenças. O Psicopata é, simplesmente, uma pessoa assim.

O psicopata não tem uma psicopatia, no sentido de quem tem uma tuberculose, ou algo transitório, mas ele É um psicopata. Psicopata é uma maneira de ser no mundo, é uma maneira de ser estável.

Como em tantas outras tendências, também há um certo determinismo na concepção de Schneider. Para ele os psicopatas são assim em toda situação vital e sob todo tipo de circunstâncias. O psicopata é um indivíduo que não leva em conta as circunstâncias sociais, é uma personalidade estranha, separada do seu meio. A psicopatia não é, portanto, exógena, sendo sua essência constitucional e inata, no sentido de ser pré-existente e emancipada das vivências.

Mas a conduta do psicopata nem sempre é toda psicopática, existindo momentos, fases e circunstâncias de condutas adaptadas, as quais permitem que ele passe desapercebido em muitas áreas do desempenho social. Essa dissimulação garante sua sobrevivência social.

Kurt Schneider, psiquiatra alemão, englobou no conceito de Personalidade Psicopática todos os desvios da normalidade não suficientes para serem considerados doenças mentais francas, incluindo nesses tipos, também aquele que hoje entendemos como sociopata. Dizia que a Personalidade Psicopática (que não tinha o mesmo conceito do sociopata de hoje) como aquelas personalidades anormais que sofrem por sua anormalidade e/ou fazem sofrer a sociedade.

Principais Sintomas

1. - Encanto superficial e manipulação

Nem todos psicopatas são encantadores, mas é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência social.

Através do encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada. Talvez seja esse processo de coisificação a chave para compreendermos a absoluta falta de sentimentos do psicopata para com seus semelhantes ou para com os sentimentos de seu semelhante. Transformando seu semelhante numa coisa, ela deixa de ser seu semelhante.

O encanto, a sedução e a manipulação são fenômenos que se sucedem no psicopata. Partindo do princípio de que não se pode manipular alguém que não se deixe manipular, só será possível manipular alguém se esse alguém foi antes seduzido.

2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.

Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.

O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.

Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.

É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, a seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

3. - Ausência de Sentimentos Afetuosos

Desde criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou sensibilidade por nada e mantém-se normalmente indiferente aos sentimentos alheios.

Os laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros, mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista emocional.

4. - Amoralidade

Os psicopatas são portadores de grande insensibilidade moral, faltando-lhes totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.

5. - Impulsividade

Também por debilidade do Superego e por insensibilidade moral, o psicopata não tem freios eficientes à sua impulsividade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas, unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer brutalidades, crueldades e crimes.

Essa impulsividade reflete também um baixo limiar de tolerância às frustrações, refletindo-se na desproporção entre os estímulos e as respostas, ou seja, respondendo de forma exagerada diante de estímulos mínimos e triviais. Por outro lado, os defeitos de caráter costumam fazer com que o psicopata demonstre uma absoluta falta de reação frente a estímulos importantes.

6. - Incorregibilidade

Dificilmente ou nunca o psicopata aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da correção. Podem dissimular, como dissemos, durante algum tempo seu caráter torpe e anti-social, entretanto, na primeira oportunidade voltam à tona com as falcatruas de praxe.

7. - Falta de Adaptação Social

Já nos primeiros contatos sociais o psicopata, desde criança, manifiesta uma certa crueldade e tendência a atividades delituosas. A adaptação social também fica comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo e egoísmo, características estas percebidas pelos demais e responsável pelas dificuldades de sociabilidade.

Mesmo no meio familiar o psicopata tem dificuldades de adaptação. Durante o período escolar tornam-se detestáveis tanto pelos professores quanto pelos colegas, embora possam dissimular seu caráter sociopático durante algum tempo. Nos empregos a inconstância é a característica principal.

Personalidade Psicopática, Sociopata, Personalidade Anti-social ou Dissocial ?

Alguns autores não vêem como sinônimo, a Personalidade Psicopática e a Personalidade Anti-social. A Personalidade Anti-social, segundo os autores que a diferenciam da psicopática, se constitui num caso mais franco, declarado e aberto de anomalias no relacionamento, ou seja, menos dissimulado e teatral que a psicopática. Essas pessoas costumam ser mais impetuosas, contestam com mais franqueza as normas sociais, criam mais transtornos e animosidades com os demais e, por fim, estão mais associados aos fatores de criminalidade que os psicopatas.

De acordo com essa visão, os psicopatas costumam ser até mais perigosos que os sociopatas, tendo em vista sua maneira dissimulada de ocultar a índole contraventora. Os sociopatas atentam contra as normas sociais mais abertamente que os psicopatas.

Para nós, e creio que academicamente também, será benéfico tomar o sociopata e o psicopata como a mesma ocorrência. O DSM.IV chama esses casos de Personalidades Anti-sociais e a CID.10 de Personalidades Dissociais, ambos afastando-se da denominação Psicopata. Isso se deve, exclusivamente, à natureza etimológica da palavra. Por uma questão de coerência, assim como a cardiopatia significa qualquer patologia que acontece sobre o coração, o termo psicopatia deveria referir-se a qualquer patologia psíquica. Portanto não é correto, etimologicamente, chamar de psicopatas apenas os sociopatas. (Veja esses transtornos no DSM.IV e na CID.10 como Personalidade Dissocial).
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F
Eloqüência
2
1
0
1
Encanto e simpatia superficiais



1
Sensação de grandiosidade



1
Mentiras patológicas



1
Autoridade e mando



1
Manipulação



1
Falta de arrependimento e culpa



1
Afetos superficiais



1
Instabilidade emocional



1
Falta de empatia para com os outros



1
Não aceita responsabilidade por suas ações



2
Necessidade de estimulação continuada



2
Tendência ao Aborrecimento



2
Estilo de vida parasita



2
Pouco controle da conduta



2
Problemas de conduta precoce



2
Falta de metas realistas



2
Impulsividade



2
Irresponsabilidade Delinqüência juvenil



TOTAL



Pontuação:
Os traços são separados em duas categorias; F1 e F2, sendo:
F1= Traços centrais da psicopatia.
F2= Traços de instabilidade.
Valoração:
- 2 Pontos: quando a conduta do sujeito é consistente e se ajusta à intenção do item.
- 1 Ponto: a conduta do sujeito se ajusta em certa medida mas não no grau suficiente para pontuar 2. Existem dúvidas, conflitos na informação que não podem resolver-se a favor da pontuação 2, nem tampouco em 0.
- 0 Ponto: o item não se aplica. O sujeito não mostra o traço ou a conduta na questão que propõe o item.
Conclusão:
0-20: normal.
21-30: grupo médio.
31 o mais: psicopata.
Quanto maior o número de pontos no grupo F2 mais grave a psicopatia
Psicopatas famosos

Jack Estripador:


Por cinco vezes um homem de aspecto insuspeito deslizou por entre o ambiente noturno de Whitechapel, em Londres. Por cinco vezes falou com mulheres da rua. E de cada uma das vezes a mulher morreu esfaqueada – a marca sangrenta do homem chamado Jack, o Estripador. Dezenas de detetives, amadores e profissionais, apresentaram teorias sobre a identidade deste homem. O mistério nunca foi desvendado. Os seus crimes brutais permanecem desconcertantes, fascinantes e insolúveis, um século depois de serem cometidos. Jack, o Estripador, iniciou o seu reinado de terror no ano de 1888 e com ele veio o receio e o pânico.
AS VÍTIMAS
Data: 31 de Agosto de 1888. Mary Ann ( Polly ) Nichols, prostituta de 42 anos, encontrava-se numa rua estreita de Buck’s Row. Um homem aproximou-se dela e Mary anteviu uma boa oportunidade de ganhar algum dinheiro. Mesmo quando ele a levou para a obscuridade, não se alarmou. Havia pessoas a alguns metros de distância. Quando se apercebeu do perigo era demasiado tarde. O Estripador agarrou-a por trás e tapou-lhe a boca com a mão, tendo, depois, lhe cortado a garganta. O corpo mutilado foi encontrado por um carroceiro às primeiras horas da manhã seguinte.
Exatamente sete dias depois, a 8 Setembro, o criminoso volta a atacar. A vítima foi, como seriam todas as outras, uma prostituta: Annie Chapman, de 47 anos. O seu corpo, totalmente retalhado pelo Estripador, foi encontrado por um dos porteiros do mercado de Spitalfields, num pátio das traseiras da casa nº 29 de Hanbury Street. As suas joias e dinheiro tinham sido colocadas ordenadamente junto aos restos mortais do seu corpo. Correu o boato que o criminoso trazia as suas facas numa pequena mala preta o que originou uma autêntica perseguição a quem transportava malas desse tipo. A policia prendeu dezenas de suspeitos inocentes mas o Estripador não deixara qualquer pista. A única informação que possuíam era que o criminoso era canhoto e possuía alguns conhecimentos de medicina. Um cirurgião da policia declarou que os crimes tinham sido efectuados com destreza e bastante perícia.
Na noite de 30 de Setembro, o Estripador esfaqueou mais duas mulheres e deixou o que constituí provavelmente a única pista da sua sinistra carreira. Por detrás do nº 40 de Berner Street foi encontrada Elizabeth Stride com a garganta aberta de onde jorrava ainda o sangue. Mas foi o corpo de Catharine Eddowes, que jazia alguns minutos daquele local, o mais mutilado de todos .O rasto de sangue estendia-se desde o corpo retalhado até à porta onde alguém escrevera a giz ” Os judeus não são culpados de nada” . Seria o Estripador um judeu que se vingava de um mundo que o perseguia? Ou tratava-se de um juiz enlouquecido que se tornara o seu próprio carrasco? A mensagem, fosse qual fosse o seu significado, poderia ter sido vital. Mas nunca foi devidamente estudada, pois, misteriosa e inexplicavelmente, o chefe da policia, Sir Charles Warren, ordenou que fosse apagada. No dia 9 de Novembro o assassino volta a atacar. A vítima é uma jovem de 25 anos chamada Mary Kelly e seu corpo foi encontrado, desmembrado, no seu quarto, no nº13 de Miller’s Court. Mary foi, pelo que se julga, a ultima vitima do Estripador, que não voltou a repetir os seus crimes.
OS SUSPEITOS
Dos muitos suspeitos interrogados e perseguidos pela policia, três deles centravam as suas atenções: um médico russo homicida de nome Michael Ostrog, um judeu polaco que odiava mulheres chamado Aaxon Kosminski e um advogado depravado, de nome Montague John Druitt. Foi este último o considerado culpado de todos estes terríveis crimes, porém, Druitt nunca foi preso tendo desaparecido pouco tempo após o último assassínio. O seu corpo foi encontrado a flutuar no Tamisa sete semanas mais tarde, no dia 31 de Dezembro de 1888.
O Zodíaco:



O esquivo Zodíaco é o mais produtivo serial killer da Califórnia. Existem várias teorias sobre a identidade, método e raciocínio por trás do lastro de assassinatos dele. Seus números variam de acordo com as fontes. Alguns atribuem apenas 6 mortes a esse maníaco sem face. Outros acreditam que ele alcançou a marca de 49 assassinatos. Aqui nos arquivos, atribuímos a ele 37 mortes porque esse maníaco mandou um bilhete dizendo “Me-37; SFPD-0″ para um jornal de São Francisco no dia 30 de janeiro de 1974. O Zodíaco, um assassino preocupado com a sua publicidade, mandou 21 cartas para vários jornais gabando-se dos seus crimes. Recebeu seu apelido depois de rabiscar sinais do zodíaco em volta de várias de suas cenas de crime. Começou a sua série de assassinatos em 1966 e parou em 1974.
Os sobreviventes dos seus ataques o descreveram como um homem de grande porte, com óculos e cabelos vermelhos. Em uma de suas cartas, explicou que matava “porque é tão divertido”. Seu plano principal era “coletar escravos para a pós-vida.” Também ameaçou “exterminar um ônibus escolar alguma dessas manhãs.” Agora, alguns acreditam que o Zodíaco se mudou para New York, onde continua suas mortíferas incursões.
Alguns acreditam que o Zodíaco foi na realidade preso por outro crime, pelo menos é a teoria do pessoal que fez o filme sobre ele.
Eddie Glen:



O homem que inspirou os filmes Psicose e O Massacre da Serra Elétrica, teve uma infância difícil: sua mãe, Augusta, era uma fanática religiosa e moralista, que impedia tanto Eddie quanto seu irmão, Henry, de trabalharem fora da fazenda da família e de manterem qualquer contato com mulheres. Eddie, já de meia-idade, ficou sozinho em sua fazenda, com a morte de seu irmão e sua mãe (seu pai morrera pouco tempo antes), neste momento suas atitudes bizarras começaram a aparecer: empalhou o corpo da mãe e o guardou num quarto, masturbando-se ocasionalmente em frente ao mesmo. Além disso, Eddie passou a violar túmulos recentes e roubar a pele dos corpos para fazer roupas e outros objetos. Mas foi em dezembro de 1954 que Eddie abandonou os atos bizarros para cometer seu primeiro homicídio, atacando a tiros Mary Hogan, de 54 anos.
Em 1957, Eddie fez sua segunda vítima, Bernice Horden, mas evidências, como seu caminhão parado a noite inteira em frente a cena do crime, levaram a sua prisão. Quando entraram na casa da fazenda, onde Eddie morava, os policiais se depararam com horrores que mal podiam imaginar, o até então recluso fazendeiro, escondia um segredo mórbido e doentio, somente revelado naquele momento: um crânio usado como tigela de sopa, braceletes e um abajur de pele humana, um cinto feito de mamilos, um coração humano no forno e o corpo de Bernice, do lado de fora, pendurado, decapitado e partido ao meio.


Pedro Alonso Lopez:


Este é o homem mais mortífero dos arquivos. Pedro ficou conhecido como Monstro dos Andes após os impressionantes números de assassinatos em sua farra de matanças em três países. Nativo da Colômbia, sua mãe (uma prostituta) o expulsou de casa, quando ele tinha oito anos, por acariciar sua pequena irmãzinha. Somando insultos a prejuízos, foi, então, apanhado por um pedofilista e sodomista. Quando ele tinha dezoito anos, foi estuprado por uma gangue na prisão. Para retaliar, matou três dos seus agressores. Após a sua libertação, começou a matar jovens garotas com alegria e impunidade. Em 1978, assassinou mais de 100 garotas no Peru. Depois de quase ser linchado por um horda furiosa de uma pequena aldeia, Pedro moveu suas atividades para a Colômbia e o Equador, onde seu desejo por sangue produziu em média 3 mortes por semana. Ele achava que matar garotas equatorianas era muito divertido porque elas eram “mais gentis e confiáveis, mais inocentes.” As autoridades atribuíram precipitadamente o desaparecimento das garotas à escravidão ou a círculos de prostituição na região. Em 1980, uma rápida inundação revelou as primeiras das suas vítimas. Depois de ser preso, contou para os interrogadores o seu Reinado da Morte. Em princípio, as autoridades estavam céticas, mas todas as dúvidas desapareceram quando ele apresentou ao público mais de 50 covas. Acredita-se amplamente que a taxa de 300 mortes é uma baixa estimativa para este que é o mais produtivo dos serial killers.

Charles Manson:



Charles Manson fundou sua comunidade hippie em 1954, logo após ter cumprido uma pena de dez anos. Localizado em Spahn Ranch, nas proximidades de Los Angeles, o grupo pregava o amor livre e o uso de drogas, com Manson sendo encarado como um Messias por seus seguidores, ou “família” como eles preferiam ser tratados. Poderiam ter sido somente mais uma comunidade hippie típica da época, não fossem as bizarras idéias de seu líder: filho de uma prostituta, Manson passou por vários reformatórios juvenis, respondendo por crimes como falsificação e roubo, mas seria somente após a formação de sua comunidade que o maníaco por trás daqueles pequenos golpes se revelaria.
Antes de iniciar sua breve onda de crimes, a “família” de uma forma geral e, mais especificamente Manson, foram investigados pelo desaparecimento e suposto assassinato de um de seus membros que, aparentemente, vinha questionando seu líder. A “família” se uniu em torno de Manson, dificultando as investigações. Como nunca foi provado nada o caso foi arquivado, mas uma sombra obscura começou a pairar sobre aquela comunidade que “pregava” a paz e o amor.

Mas foi em 9 de agosto de 1969 que a “família” mostrou toda sua loucura, invadindo a mansão do diretor de cinema Roman Polanski, em Hollywood, e assassinando brutalmente sua esposa, a modelo e atriz Sharon Tate (grávida na ocasião), e mais dois casais de convidados que se encontravam na casa. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, seu sangue foi usado para escrever mensagens nas paredes. O exame dos legistas comprovou que o bebê sobreviveu por horas após a morte de sua mãe.
Na noite seguinte foi a vez de Leno e Rosemary LaBianca, que tiveram sua casa invadida e também foram brutalmente assassinados.

Manson e seus seguidores foram presos e acusados dos assassinatos. Mais uma vez a “família” se uniu em torno de seu líder, tentando preservá-lo, seguindo um plano já traçado desde antes de começarem os assassinatos, Manson afirmou desconhecer os atos de seus seguidores, alegando não estar com os mesmos quando os crimes foram cometidos. No julgamento, três seguidoras de Manson queriam assumir a culpa e inocentar seu líder, mas os advogados se recusaram a aceitar seus depoimentos. Neste momento Charles Manson decide revelar sua verdadeira face, até então oculta sob a figura do pacifista inocente perseguido pelo sistema, e passa a afirmar seu profundo ódio pela humanidade, que rejeitava ele e os membros de sua família, disse ele: “Tenho feito tudo para ser aceito em seu mundo, e agora vocês querem me matar! Eu apenas digo a mim mesmo: ora, já estou morto, sempre estive em toda a minha vida… não ligo a mínima para o que possam fazer comigo”. Manson e seus seguidores foram julgados, culpados e condenados a prisão perpétua.
Posteriormente foram revelados os reais objetivos dos crimes cometidos pela “família” Manson: seu líder não passava de um racista, que planejava cometer assassinatos brutais contra ricos brancos, para que esses pudessem ser atribuídos a negros, iniciando uma onda de racismo e perseguições contra os negros de todo o país. Em certa ocasião Manson afirmou que se começasse a matar nunca poderia ser parado, até ter exterminado toda a Humanidade (dimensão exata de sua loucura e megalomania). Atualmente muitos artistas tentam se valer da imagem de Manson de forma sensacionalista, chegando a pregar sua libertação, um absurdo tendo em vista tudo que ele fez e afirmou ser capaz de fazer se continuasse solto.


Ted Bundy:


O Picasso da comunidade dos serial killers. Ted era bonito e charmoso, inteligente, seguro de si, com um futuro brilhante, e mais mortal que um cascavel. Usando sua boa aparência , ele era capaz de seqüestrar e matar suas vítimas sem que ninguém notasse e continuar com sua vida. Este estudante de direito e Jovem Republicano gostava de usar um torniquete no braço para parecer vulnerável e conseguir com que as mulheres o ajudassem com as compras. Uma vez que ele atraía suas vítimas para a porta do carro, ele batia e as levava embora para reservadamente desfrutar de sua mortes. Ele preferia matar garotas bonitas de cabelo escuro do tipo chefe de torcida. Ele atacava suas presa com objetos rombudos e era fã de estuprar e morder sua vítimas. A marca da mordida em uma de suas vítimas foi usada como evidência contra ele no seu julgamento na Flórida.
Em 30 de dezembro de 1977, depois de uma tentativa que falhou, Ted escapou, enquanto esperava seu julgamento, por uma janela do tribunal e se mudou para Tallahassee, Flórida, perto da Universidade Estadual da Florida. Lá ele escreveu sua história de sangue, o “Guernica”. Em 15 de janeiro de 1978, ele partiu em uma noite de chacina e matou duas meninas e feriu duas outras em e ao redor do Chi Omega uma casa de república de mulheres em Tallahassee. Duas semanas depois ele roubou um furgão e matou Kimberly Leach, de 12 anos, em Lake City, Flórida, estado no qual passou a ser perseguido. O corpo da pobre Kimberly foi achado em um chiqueiro de porcos próximo a uma jaqueta xadrez que não era de Ted. Ela foi enterrada em um cemitério perto de uma planta de Purina debaixo de uma lápide em forma de coração com sua foto nela.
Ted se defendeu em julgamentos em Utah, Colorado e Flórida enquanto a polícia tentava reunir um rastro de meninas mortas que conduzissem a ele. Durante seus vários julgamentos, um Ted Bundy muito seguro de si se defendeu, recebendo elogios e uma legião de admiradoras. Depois de várias apelações Bundy foi eletrocutado pelo estado da Flórida em 1989. Para sua última refeição ele pediu bife, ovos, pão e café.

Andrei Chikatilo:




Andrei Chikatilo, nascido na Ucrânia em 16 de outubro de 1936, tornou-se o primeiro serial-killer conhecido da Rússia no século XX. Quando criança era, juntamente com seus irmãos, atormentado pela história do seqüestro e assassinato de seu irmão mais velho, Stepan, que teria sido canibalizado durante a grande fome que assolou a Ucrânia na década de trinta. Apesar da veemência de sua mãe ao contar a história, nunca foi encontrado nada que comprovasse a existência de algum Stepan Chikatilo, não há registros de seu nascimento nem de sua morte. Durante a juventude, Andrei sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico. Apesar do casamento, na década de sessenta, do qual nasceram seus dois filhos, Andrei sempre acreditou que havia sido cegado e castrado ao nascimento, o que o levou a ter comportamentos mórbidos de violência e vingança.
Formado, Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov-on-Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o chamavam de “ganso” (devido a seu pescoço comprido e estranha postura), mas depois passaram a chamá-lo de “maricas”, uma vez que passou a molestar estudantes no dormitório. Apesar de sua idade e tamanho, Andrei sentia-se intimidado pelos alunos, por isso passou a levar sempre consigo uma faca.
Sua verdadeira face foi descoberta quando seus crimes vieram à tona: durante anos Andrei Chikatilo matou e canibalizou dezenas de vítimas, na sua maioria crianças, que ele encontrava em estações de ônibus ou trens. A inaptidão das autoridades russas, associada a sua recusa em aceitar o fato de que existia um serial-killer agindo em sua sociedade perfeita, permitiram que Andrei agisse por vinte anos. Detido certa vez para averiguações, foi libertado logo depois, quando ficou comprovada a incompatibilidade entre seu sangue e o sêmen encontrado nas vítimas (algo raro, mas possível de ocorrer). Isso só fez com que Andrei passasse a agir com mais despreocupação. Sua prisão só foi possível graças a determinação de dois investigadores, envolvidos com sua primeira detenção, que lembraram de seu nome depois que ele foi visto saindo de um bosque próximo a uma estação de trens, algo compatível com os locais onde as vítimas eram escolhidas e depois abandonadas.
Em seu julgamento, Andrei definiu-se como um “aborto da natureza, uma besta louca”, ao qual “só restava a condenação à pena de morte, o que seria até pouco para ele”, nas palavras do próprio. Seu desejo foi atendido, com sua execução ocorrendo na prisão, em 14 de fevereiro de 1994, pelo pelotão de fuzilamento. Mas, antes disso, Chikatilo ainda pode chocar toda a sociedade soviética, com as descrições sangrentas de seus crimes e de como fervia e arrancava testículos e mamilos de suas vítimas. Andrei, certa vez, afirmou o seguinte sobre sua sexualidade: “Olhe que coisa mais inútil. Você pensa que se eu pudesse fazer alguma coisa eu não faria ?… Eu não sou um homossexual… Eu tenho leite em meus peitos; eu vou dar à luz!”

Myra Hindley e Ian Brady:


Myra Hindley não trabalhou sozinha, de fato, Ian Brady não era só seu cúmplice, mas um mentor e motivador dos assassinatos. Os investigadores declaram que os dois cometeram crimes tão horríveis que até mesmo os mais antigos investigadores de homicídios ficaram chocados. Foi em 1960, o lugar era uma cidade chamada Hattersley, Inglaterra, rodeada por pântanos. Hindley, 23 anos e Brady , 28, moravam no casa da avó dela. Embora não fossem conhecidos por muitos vizinhos nenhum deles poderia imaginar a capacidade desses dois. A dupla teve um “carinho” especial em assassinar e torturar, gravando os gritos da vítima e também tirando fotos pornográficas que mostram abuso sexual.
Eles foram desmascarados quando estavam pensando em transformar a dupla em trio. A pessoa que eles estavam tentando recrutar era o cunhado de Hindley (David Smith). Smith se interessaria no assunto por causa da sua longa história de violência e alcoolismo , o par pensou que eles pudessem persuadir o homem usando uma demonstração ao vivo. Brady matou a machadadas um garoto de 17 anos de idade, foram 14 machadadas e então estrangulou a vítima. Smith ajudou Hindley e Brady a limpar a bagunça e preparar o corpo para o enterro. O tempo todo, Brady fez piadas sobre a vítima. Na manhã seguinte, Smith e sua esposa foram até uma delegacia de polícia denunciar Brady e Hindley.
Suspeitos de pelo menos 11 outros assassinatos, eles negaram envolvimento com quaisquer um deles. Porém, uma coisa que ajudou localizar os corpos necessários para evidência, foi uma fotografia que Brady tinha tirado de Hindley nos pântanos. Ela estava olhando para baixo, na direção de uma abertura no chão cheia de entulho. O corpo de um menino (John Kilbride, 12) foi achado lá. Assim a polícia soube onde procurar outros corpos.
Leslie Downey, 10, era um. Ela estava desaparecida há 10 meses. Downey tinha sido fotografada em posições pornográficas enquanto sofria abusos sexuais. Ela foi torturada, e também foi achado uma fita com seus gritos durante seus últimos momentos de vida.
Durante o julgamento, nem Brady nem Hindley mostraram remorso. Ambos foram condenados a prisão perpétua. Neste momento, eles ainda estão na prisão. Embora recentemente, Hindley tenha tentado ser libertada sob condicional, seu pedido foi negado. O juiz declarou que ela gastará o resto de seus dias tentando liberdade condicional, mas não terá nenhuma chance de ser libertada.

Richard Ramirez A.K.A The Night Stalker


Nascido no ano de 1960 em El Paso, Texas (E.U.A). Vivia com seus pais e seis irmãos. Como vários outros “serial killers”, os seus crimes começaram cedo (quando ele tinha em torno de 9 anos) e eles iam desde abuso de drogas à assaltos à mão armada. Ele era claramente um adolescente perturbado, mas não ficava claro o que tanto o perturbava. Quando estava com 23 anos às vezes morava nas ruas ou em motéis baratos de Los Angeles e continuava roubando. No entanto, ele havia começado a roubar coisas maiores como carros. Era dito que Ramirez afirmava que Satã o protegeria das leis e de qualquer dano, assegurando que ele não seria pego. Também é dito que Ramirez não tinha uma verdadeira devoção ao demônio.
Ramirez era diferente de qualquer “serial killer” já estudado. Era difícil categorizá-lo porque muitos de seus crimes eram de naturezas distintas; ele variava seus métodos vastamente várias vezes. A escolha de suas vítimas não era específica ou particular (ele não era como um Bundy em que todas as suas vítimas tinham cabelo escuro e comprido partido ao meio ou Gacy que sempre escolhia jovens rapazes). As vítimas de Ramirez incluíam o idoso, o jovem, o homem e a mulher. Ele deixava alguns viverem, mas matava muitos. Ele atirava em suas vítimas, as esfaqueava. As vezes ele se descuidava ao cometer seus crimes, como quando ele deixou um boné na casa de uma vítima. Outras vezes era mais cuidadoso. As vezes roubava de suas vítimas, outras vezes não. Devido à essas variações consistentes, a polícia levou um certo tempo para se dar conta de que se tratava de um “serial killer”. Ele matou vários em um curto espaço de tempo o que faz com que ele se sobressaia. As pessoas costumam olhar o número de vítimas mortas e não para o tempo em que os crimes foram cometidos. Ramirez matava em uma velocidade alarmante, até mesmo para os padrões de serial killers.

Detalhes dos Crimes (cronologicamente)

Durante o verão de 1984, uma mulher de 79 anos foi esfaqueada até a morte depois a sua garganta foi açoitada. Isso aconteceu em sua própria casa. Em seguida, uma menina de seis anos de idade foi seqüestrada na parada do ônibus. Ela foi abusada sexualmente e jogada viva em uma área deserta. Duas semanas após, uma menina de 9 anos de idade foi tirada de seu quarto, estuprada e jogada fora. A próxima vítima, uma senhora que chegava em casa levou tiros mas não foi morta. Provavelmente a única razão por ela ter sobrevivido foi por ela ter se fingido de morta. No entanto, o atirador entrou na casa da vítima e atirou na cabeça de sua “roommate” de 34 anos. E por aí continuaram os crimes com nenhuma rima aparente nem razão ou conjunto de padrões. Uma coisa ficava clara, no entanto, que o assassino ficava cada vez mais sádico. Por exemplo, algumas vítimas mais tarde, o assassino cortou o corpo de uma mulher de 44 anos e cortou os seus olhos enquanto ainda estava viva. Como eu havia mencionado anteriormente algumas das vítimas eram deixadas vivas. Poucas eram capazes de descrever o assassino. Elas descreviam um homem alto, magro e com um péssimo hálito. Uma vez que as três vítimas descreveram um mesmo homem, foi finalmente descoberto que havia um “serial killer” à solta.

O Final da História

De partes das descrições que as testemunhas conseguiram fornecer, a identidade do “Night Stalker” foi descoberta. A sua foto foi posta em todos os lugares. Dizia-se que em uma loja de conveniência, uma senhora avistou Ramirez e disse alto o bastante que ele era o assassino. Ramirez fugiu à pé com um bando de pessoas tentando pegá-lo. Ele tentou roubar um carro, mas o marido da mulher que dirija o carro o acertou com um cano. Eventualmente a polícia acabou protegendo Ramirez das pessoas que queriam linchá-lo pela morte de 13 pessoas, 5 tentativas de homicídio, 6 estupros, 3 atos obscenos com crianças, 2 seqüestros, 3 atos de copulação oral forçada, 4 atos de sexo anal forçado com homens, 5 assaltos à mão armada e 14 roubos. Todos esses crimes cometidos de Junho de 1984 à Agosto de 1985. Ele foi condenado à câmara de gás em 1989 e continua aguardando a sua morte.

John Wayne Gacy Junior


Palhaços cometendo crimes já foram tema de vários filmes, quer seja sob a forma de entidades sobrenaturais, como no filme “It” (baseado na obra de Stephen King), ou loucos foragidos de um manicômio, como no filme “Palhaços Assassinos”. Mas se esse terror fosse real? E se aquele indivíduo querido pelas crianças e digno da confiança de toda a vizinhança, escondesse uma face sombria? Essa é mais ou menos a história de John Wayne Gacy Junior.
Quando a polícia, em 1978, foi fazer uma busca na casa do palhaço amador John Gacy, ninguém podia esperar por um desfecho como aquele: intrigados com um mau cheiro que vinha do porão, os policiais decidiram descer para averiguar e encontraram, sob um alçapão oculto, os restos de vinte e nove cadáveres, com idades entre nove e vinte e sete anos. Nascido em 1942, John Gacy teve uma infância sofrida nas mãos de um pai alcoólatra. Em 1968 foi preso por prática sexual com outro homem dentro de um banheiro, quatro anos depois começou a matar, só fazendo vítimas masculinas. As vítimas eram atraídas para a casa de John por propostas de emprego (quando mais velhas) ou pela confiança que tinham no “bom” palhaço (especialmente as crianças). Chegando lá eram embebedados, amarrados e estuprados, para só depois serem mortos.
Condenado, em 1988, a vinte e uma prisões perpétuas e doze penas de morte, Gacy passou a dedicar-se ao desenho enquanto aguardava sua execução, variando entre temas como “Os Sete Anões”, palhaços, caveiras e até mesmo Hitler. Os bizarros desenhos do “Palhaço Assassino” (como a imprensa passou a tratá-lo), adquiriram valor e agora fazem parte de mórbidas coleções.

David Berkowitz:


David Berkowitz, nascido no dia 1 de junho de 1953, seria apenas mais um ser humano no mundo, se não fosse ele o serial killer conhecido como o Son Of Sam(Filho de Sam)
Na década de 70, o Son of Sam cujo nome verdadeiro era David Falco, sendo Berkowitz o nome de seus pais adotivos, matou 6 pessoas e feriu mais outras tantas, Berkowitz não aceitava o fato de ser adotado, e de ter sido abandonado por sua mãe. Seus crimes começaram depois de 3 anos alistado no exército, quando ele atirou contra um carro onde 2 garotas conversavam matando Donna Lauria. O apelido Son Of Sam (filho de Sam), era baseado no nome de Sam Carr, um vizinho que segundo Berkowitz, era um poderoso demônio, que havia enviado seu cachorro labrador para comanda-lo e faze-lo matar. Depois de alguns ataques a Berkowitz, começou a escrever cartas a imprensa e a polícia, onde se refiria a si mesmo como o Son Of Sam. Berkowitz foi preso no dia 10 de agosto de 1977, após levar uma multa perto da cena do último crime, as investigações da polícia os conduziram até Berkowitz que confessou os asassinatos de imediato. No dia 12 de junho de 1978, Berkowitz foi sentenciado a 365 anos de prisão. Berkowitz se converteu ao cristianismo em 1987, age e atua como capelão no presídio onde cumpre sua pena.
SERIAL KILLERS BRASILEIROS
Alguns dos assassinos em série mais famosos do Brasil, por número de vítimas:
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito
Número de vítimas: 42
Local dos crimes: Altamira (PA) e São Luís (MA)
Período: 1989 a 2004
Marcelo Costa de Andrade – O Vampiro de Niterói
Número de vítimas: 14 ou mais
Local dos crimes: Niterói e Baixada Fluminense, Rio
Período: 1992 a 1993
Adriano da Silva – O Monstro de Passo Fundo
Número de vítimas: 12 ou mais
Local dos crimes: Rio Grande do Sul
Período: 2002 a 2004
Eudóxio Donizete Bento
Número de vítimas: 10 ou mais
Local dos crimes: Presidente Prudente (MG)
Período: 2000
José da Paz Bezerra – O Monstro do Morumbi
Número de vítimas: 10 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1970
Benedito Moreira de Carvalho – O Monstro de Guaianazes
Número de vítimas: 9 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1950 a 1953
Anestor Bezerra de Lima – O Matador de Taxistas
Número de vítimas: 9 ou mais
Local dos crimes: São Paulo e Minas Gerais
Período: 2004
Douglas Baptista – O Maníaco de Santos
Número de vítimas: 8 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1992
Wanderley Antônio dos Santos – O Mestre Cão
Número de vítimas: 7 ou mais
Local dos crimes: Rio de Janeiro
Período: 1995
Fortunato Botton Neto – O Maníaco do Trianon
Número de vítimas: 7 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1986 a 1989
Francisco de Assis Pereira – O Maníaco do Parque
Número de vítimas: 7 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1997 a 1998
Paulo Sérgio Guimarães – O Maníaco da Praia do Cassino
Número de vítimas: 7
Local dos crimes: Rio Grande do Sul
Período: 1998
Cirineu Carlos Letang – O Matador de Travestis
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1992 e 1993
Osvaldo Sonego – O Tarado de Tauí
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1996
Laerte Patrocínio Orpinelli – O Andarilho de Rio Claro
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1996 a 1997
José Vicente Matias – Corumbá
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: Goiás e Maranhão
Período: 2000
André Luiz Cassimiro – O Estrangulador de Juiz de Fora
Número de vítimas: 5 ou mais
Local dos crimes: Minas Gerais
Período: 1995
Edson Isidoro Guimarães – O Enfermeiro da Morte
Número de vítimas: 5 ou mais
Local dos crimes: Rio de Janeiro
Período: 1999
João Acácio Pereira da Costa
Número de vítimas: 4 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: década de 1960
José Augusto do Amaral – O Preto do Amaral
Número de vítimas: 3 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1926
Febrônio Índio do Brasil – O Filho da Luz
Número de vítimas: 2 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1927
Francisco Costa Rocha – Chico Picadinho
Número de vítimas: 2
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1996 e 1976
Fontes:
Referência especial:
Acad. Prof. Dr. Hugo Marietán, Alcmeon, número 27, 1998. Veja em http://www.alcmeon.com.ar/8/31/Marietan.htm
Ballone GJ, Moura EC - Personalidade Psicopática - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008.
Serial Killers Famosos: